A minha poesia
Não é de toda Maria
Não é da Grécia Antiga
E nem sempre é tão amiga
Não é da Mesopotâmia
Nem é de toda Bethânia
Em nenhum ponto é vendida
Muitas vezes nem é lida
Mas se eu recebesse da Ministra
Um milhão e trezentos à vista
Talvez a minha poesia
Perderia toda a alegria
Seria uma obrigação a sua existência
Estudada por todos os ramos da ciência
Chamada de poesia federal
Com a seguinte mensagem no final
"Essa poesia é apoiada
pelo Governo Que Não Sabe Nada"
Mas o dinheiro, na verdade
É do povo. Assim, sem rima mesmo.